31 de outubro de 2014 Enviado por Luciana Mazzilli luciana-mazzilli bens economico egos financeiro futuro liberdade passado preconceito social vaidades vida
Você é livre? Liberdade é coisa rara.
Antigamente os negros eram escravos de seus senhores, assim como, seus senhores eram reféns dos trabalhos de seus caboclos. Mesmo com o amadurecimento dos fatos, com a passagem do tempo e alguns avanços culturais, continuamos hoje, todos nós, escravos de alguma coisa.
Escravos de nossos aparelhos eletrônicos, escravos de nossos bens materiais, de nossos sucessos, de alguém, de nossas razões e certezas.
Ás vezes de nosso passado, presente ou até mesmo do que idealizamos para o futuro. Cravamos os pés nos chão, na segurança que tudo ocorra conforme o combinado e planejado e se algo desliza pelo meio do caminho, ficamos paralisados, como terríveis parasitas que não aceitam as mudanças e libertações da vida.
Na verdade estamos em busca de uma libertação ainda maior – a de nós mesmos.
Dos medos e angústias que carregamos e sobrepesa em nossas costas, das coisas que fizemos a alguém que não nos perdoou, de algo que queríamos ter feito e não fizemos dos nossos arrependimentos, de nosso calado preconceito e de tudo que abastecem nossas vaidades e nossos egos.
Para que uma libertação ocorra de inicio é preciso encarar tudo isso de frente e mexer nas feridas. Voltar e reviver suas estórias para que lá na frente não machuque mais. Colocar ponto final em coisas e amores mal resolvidos, em trabalhos inacabados…
Jogar toda tralha fora, de verdade. Fazer aquela limpeza.
Encarar tudo que te assusta e amedronta. Largar as amarras e eternizar-se em sorrisos. Respirar calmamente e achar as respostas dentro de seu peito e aspirar força, coragem, vida, luz…
A liberdade está nas pequenas compensações do dia a dia, no aconchego do abraço de quem se gosta, em se cuidar com carinho e respeito, em fazer escolhas mesmo que lhe causem incertezas, mas que as façam sorrir. Pequenas frações de felicidade, hoje, aqui, agora…
Desprender-se do exato, do certo e errado. Desapegar das cobranças e exigências. Deve-se continuar construindo pontes que a levem a onde tanto planejou querer estar, mas aproveitar a liberdade do acaso, dos caminhos tortos e dos ensinamentos contidos nos trajetos.
Continuar alimentando desejos e vontades, mas deixar a porta aberta para visita de outros sentimentos.
A liberdade tem gosto de conquista. Se não estiver pronto para lidar com suas frustrações, desapegos, dores e amores, talvez a gente nunca consiga, deixar de ser refém de nós mesmos.
A liberdade tem semelhança com amadurecimento. Não se refere à somente independência, a liberdade também nem é só solução, ou só capricho. É Flexibilidade. Só estamos libertos quando olhamos genuinamente para dentro de nós mesmos, com paciência e amor.
Quando nós mesmos nos perdoamos. Quando nós mesmos nos queremos bem e deixamos de nos auto-sabotar. Quando enfrentamos as dificuldades com serenidade e calma, aí, acaba-se o mistério
A liberdade é poder fugir, mas escolher ficar. É enfrentar com coragem o que chamamos de vida.
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