Tuesday, 23 de April de 2024

Mais de trinta

Perdoar ou não perdoar?

Perdoar ou não perdoar?

Perdoar ou não perdoar?

“Quem vive, erra”. Não faço ideia de onde escutei essa frase, que não poderia estar mais certa. Por isso mesmo seria, no mínimo, inocente pensar que não haverá erros na vida a dois.

Alguns são muito fáceis de perdoar, e muitas vezes acabam esquecidos, como aquele mau humor insuportável, ou uma brincadeira boba que acaba ofendendo, outros são um pouco mais complicados, como o esquecimento de uma data importante, um comportamento grosseiro com família ou amigos seus. Também existem os imperdoáveis, que, na minha nada humilde opinião envolvem qualquer tipo de violência, nesses nem vou falar, só merecem banimento definitivo, e dependendo do caso até cadeia.

O que gera dúvida quanto à possibilidade ou não do perdão são aqueles erros que doem muito, e geralmente tem a ver com a quebra de contrato, pode ser uma mentira, um vício escondido, uma traição. Então surge a grande questão: dá pra perdoar? Para responder a esta, será necessário fazer algumas outras.

Você quer perdoar?
Se o erro em questão é só uma gota d’agua, um motivo para acabar um relacionamento que já estava falido, talvez não valha a pena o esforço de superar. Passar por isso para manter a imagem de perfeição, ou por motivos familiares e religiosos é inaceitável. Mas se o amor, o companheirismo, a amizade e o tesão estavam bem antes do terremoto, pode ser uma boa ideia investir tempo, energia e ansiolíticos para deixar tudo em ordem de novo.
O outro quer ser perdoado?
A pergunta parece boba, mas precisa ser feita, não é raro que o perdão só seja pedido por uma questão de sentimento de culpa, às vezes a mancada é uma tentativa de deixar a decisão de acabar a relação toda para você. Observar se de fato existe o empenho em recuperar a sua confiança e carinho pode ser uma boa pista se o sujeito merece o esforço.
Você consegue perdoar?
Querer é bem diferente de conseguir em tudo na vida, e nesse caso, não é nem um pouco diferente. Perdoar é bem mais do que continuar a relação é nunca usar o deslize como munição na hora de uma briga, por mais quente que ela seja, é não ficar remoendo e nem pensar em dar o troco, e estar disposta a aceitar o que vier depois do ocorrido, tendo aprendido com o problema e sair ainda mais forte dele. Não é fácil.
Perdoar é possível, e pode ser muito saudável e libertador. Sempre é bom pensar no caso, afinal, errar faz parte e perdão traz crescimento.

Comentários

Comentários

Conteúdo exclusivo e promoções

Cadastre-se

Cadastre seu e-mail para receber as atualizações do Mais de Trinta e ser informado de promoções exclusivas para assinantes. Você receberá duas mensagens por semana!