28 de outubro de 2014 Enviado por Cleide Lima ponto-de-vista brasil desigualdade eleição moral pobreza política presidente respeito socail
Quero um país mais cordial, já!
Eu já sabia o quanto as pessoas se tornam agressivas quando querem defender seu ponto de vista, mas com essa eleição presidencial eu tive absoluta certeza que quando se trata de convicções e interesses ninguém é amigo de ninguém.
Presenciei brigas absurdas enredadas por discursos políticos sem fundamento e com perspectivas vazias. Vi e li pessoas comumente polidas e bem educadas se mostrarem na essência. Vi e li gente esquecer que é gente. Vi e li gente mostrar o quão se é egoísta e o quanto as visões são míopes sobre relações interpessoais.
Até agora ainda ruminam em mim ofensas que vi e li direcionadas a outro ser humano. Até agora minha mente produz um filme de recortes sobre os piores momentos dessa eleição no país , e sei que anos podem passar e comigo levarei a lição primeira desse momento: democracia é, principalmente, respeitar as escolhas dos outros.
Você que agora lê esse texto deve pensar que sou uma tonta deslumbrada ou qualquer outra coisa que coloque minha indignação e tristeza como um ponto irrelevante. Não me importo com o que você pensa, o que me importa mesmo é a sensação que tenho de temor em relação o que tem de agressivo nas pessoas por trás das aparências sociais. A moral que não existe a ética com dois pesos.
Nesse momento estou de luto. Luto por uma sociedade tão individualista, hostil e que não tem educação e respeito como premissa genuína das relações pessoais. Luto por ver tantas crianças e adolescentes participando como expectadoras de um palco dos horrores com apresentações onde os autores e atores esqueceram que os exemplos precisam ser dados, mas além de tudo precisa-se ser um exemplo a ser seguido.
Sabe, eu não quero nada do que é de ninguém, mas gostaria de poder contar com o respeito de todos, principalmente para aqueles que o tem dado sempre. Se não fazem isso pelas pessoas de bem, então, por favor façam pelas futuras gerações que estão tão carentes de ídolos e que para piorar os adultos próximos mostram posturas humanas lamentáveis.
Nos últimos dias não tenho o que comemorar, a sociedade brasileira está me envergonhando… e nos últimos tempos ela vem fazendo com certa frequência. Educação e respeito não fazem mal a ninguém e não custa nada. Aliás, para alguns custa, custa descer do pedestal que alguém o colocou, equivocadamente, como um ser superior. Manter-se lá é confortável e cômodo.
Vou indo aqui, ainda torcendo para que algumas pessoas entendam que, independente de posicionamento político, somos todos seres humanos e que essa condição nos fazem iguais querendo eles ou não. Superioridade realmente pode existir na conta bancária e mesmo assim para mim e muita gente que conheço tem mais status quem possui valores sensíveis para ensinar e deixar de legado do que quem tem heranças financeiras valiosas.
Vamos em frente, cada um com sua consciência, apenas faço um apelo mais uma vez: Se não querem se dar ao respeito, então que respeite as decisões, posicionamentos e ações alheias. Respeito é bom, só faz bem, além de ser indispensável! Somos os país do futuro?
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