Saturday, 20 de April de 2024

Mais de trinta

É só uma questão de fé

Fé

Por quê as pessoas pensam na fé sob o aspecto religioso?

Fé não é exclusividade religiosa, ao contrário, antes do advento de qualquer religião, o ser humano já tinha o sentimento de uma proteção, uma segurança capaz de lhe dar coragem no atrevimento que é a sobrevivência na existência planetária.

Quem estuda a mecânica quântica e consegue vislumbrar “a mente de Deus”, como tanto queria Einstein, consegue encaixar perfeitamente a verdadeira fé na vida, fé em Deus, ou, no todo, ou, no vácuo quântico, seja qual for a denominação, o significado é o mesmo.

A dimensão da fé é o da consciência. O tamanho da fé é o mesmo da capacidade de enxergar a realidade do universo. Assim sendo, a fé com ajuste na lucidez, é a capacidade de lidar com as leis universais, sob as quais todos estamos sujeitos.

A fé não é objeto de isenção de dificuldades ou sofrimento, necessários às reparações e causados pelo nosso próprio pensamento/comportamento, de hoje ou de ontem. A fé é ferramenta de ajuda e superação. Ter fé não é esperar milagres e sim conseguir suportar e superar as vicissitudes da vida. Ter fé é não esperar que Deus dê jeito em tudo e sim entender que tudo o que há é fruto das nossas vibrações frequenciais desajustadas coletivamente, portanto, cabe a nós, através do esforço e escolhas solucionar nossos problemas, individuais e coletivos.

Quem tem fé não tem medo. Não tem medo de viver nem de morrer porque enxerga a vida como um compromisso a ser cumprido com prazo de validade; sabe que a existência é muito mais do que a breve passagem material; sabe que os verdadeiros laços são espirituais; sabe que há injustiças, mas, não há injustiçados porque se não houver motivos gerados por falhas morais do presente ou do passado que justifiquem certos acontecimentos seguidos de sofrimento ou perda, a vida há de proteger e evitar.

Mas, para isso há que se entender que a vida é um contínuo espaço/tempo, que o dia e a noite são apenas intervalos usados para as atividades e descanso da matéria; que os meses, os anos, são contados para que tenhamos um parâmetro de um pseudo tempo.

A fé projetada na nossa capacidade de co-criadores gera nossa realidade. Criamos nossa existência na extensão do que acreditamos. Então podemos dizer que a fé é a expressão do nosso desejo. Na experiência da dupla fenda onde provou-se que o desejo do observador muda a trajetória do elétron, (ele volta no espaço/tempo e passa novamente pelas fendas em forma de onda), provou-se cientificamente em laboratório que é o sincero desejo do observador que constrói a realidade. Entendo isso como sendo a verdadeira fé. Por isso Einstein afirmou: “somos feitos da mesma matéria dos nossos sonhos”.

Portanto, quem tem fé tem poder. A fé cega, escraviza. A fé racional, liberta. Todo ser que se conduz pela fé discernida segue rumo à evolução no caminho iluminado da alegria, na certeza que a vida, embora possa parecer um campo minado, tem o caminho suave de quem sabe viver um dia de cada vez, de quem faz sua jornada pautada no sentimento elevado, na tentativa de entender que a finalidade existencial é o amor incondicional a todos os seres, formas e conteúdos. E o único caminho da busca da verdadeira fé é a procura do conhecimento, afinal, quem tem conhecimento tem o verdadeiro poder de criar a sua realidade e por ressonância abranger os demais aos sublimes ideais de vida e fé.

 

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