Wednesday, 24 de April de 2024

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Google analisa seus e-mails para vender anúncios

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Google admite sistema de checagem de e-mails para publicidade.

A polêmica começou na última segunda-feira, quando o Google atualizou seus termos de serviço, deixando claro para seus usuários que os e-mails que chegam e saem das caixas de e-mail do Google, ou seja, do Gmail, são automaticamente analisados por um software para criar anúncios específicos para eles.


A polêmica começou a se agravar no mês passado, quando usuários do Gmail acusaram o Google de violação de privacidade e de ignorar leis federais e estaduais dos Estados Unidos ao analisar suas mensagens para finalidades publicitárias. Ao receber as acusações, o Google alega que os usuários implicitamente consentiram com essa prática, reconhecendo que tal atitude estava diretamente ligada ao processo de entrega de e-mails.

Geralmente avesso a comentar notícias sobre segurança e procedimentos de seus produtos, diante da polêmica do Gmail, o porta-voz do Google, Matt Kallman, emitiu um comunicado afirmando que as mudanças realizadas na última segunda-feira são baseadas no retorno que a instituição recebeu nos últimos meses e tem como principal missão dar às pessoas uma clareza maior sobre como funcionam os serviços do Google.

A partir dessa semana, os novos termos de serviço do Google possuem um parágrafo afirmando claramente que “nossos sistemas automatizados analisam seu conteúdo (incluindo e-mails) para oferecer a você ferramentas relevantes, como resultados de buscas personalizadas, anúncios direcionados e detecção de spam e malware. Essa análise ocorre enquanto o conteúdo é enviado, recebido ou armazenado.”

Com a mudança nos termos gerais, o Google admite de maneira categórica que analisa os e-mails e se utiliza deles para se beneficiar de informações de seus usuários para oferecer serviços de publicidade. A falta de uma regulamentação mundial na internet faz com que a punição de um gigante como o Google se torne quase impossível, afinal, a empresa possui tanto ou até mais poder dentro da grande rede do que grandes governos e órgãos de regulamentação.

Sendo assim, só nos resta saber, quem é que pode e vai punir o Google?

 

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