Wednesday, 24 de April de 2024

Mais de trinta

Protesto “Eu não mereço ser estuprada” agita as redes sociais

Eu não mereço ser estuprada

Protesto foi organizado após resultado de pesquisa do Ipea.

Se você utiliza internet e principalmente as redes sociais, provavelmente se deparou com a hastag #EunãomereçoserEstuprada em algum lugar entre seus amigos e seguidores. Para quem ainda não esta a par do protesto, ele começou um dia após a publicação de uma pesquisa feita pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) que trouxe dados alarmantes sobre a maneira de pensar dos brasileiros e brasileiras.


Publicada na última quinta-feira, 27 de março, a pesquisa causou espanto pelos resultados apresentados. De acordo com o Ipea, 58,5% dos entrevistados concordam totalmente ou parcialmente com a frase – “Se as mulheres soubessem como se comportar, haveriam menos estupros”.

Outro número absurdo que chamou a atenção é que 65,1% dos entrevistados concordam inteiramente ou parcialmente com a frase – “Mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas”.

Logo após a publicação da pesquisa, mulheres de todo o Brasil começaram a se manifestar contra o comportamento do brasileiro. Para demonstrar revolta e buscar sua liberdade de expressão e principalmente o direito de vestir a roupa que quiser, surgiu o movimento #EunãomereçoserEstuprada que só no Facebook contou com a participação de mais de 20 mil pessoas.

Para expressar sua revolta, milhares de mulheres tiraram fotos sem a parte de cima da roupa, cobriram os seios com frases de protesto e a hashtag do protesto em um papel cobrindo os seios. Uma das organizadores do evento, a jornalista Nana Queiroz também recebeu fotos de mulheres que optaram por outro tipo de protesto, algumas de burca, outras com roupas de futebol e até mesmo amamentando seus filhos. Alguns homens, também revoltados com os resultados da pesquisa que refletem a maneira de pensar de alguns brasileiros também aderiram ao movimento.

O protesto, que começou na noite de sexta-feira, continua e vêm ganhando força, afinal, a luta de homens e mulheres por liberdade e principalmente os protestos contra esse modelo retrógrado do pensamento de milhões de brasileiros precisa ser combatido.

Até porque, esse tipo de opinião reflete o tipo de pensamento e criação de homens e mulheres brasileiros, grande parte com pouco ou nenhum acesso a educação e criados em ambientes machistas onde as mulheres não possuem os mesmos direitos que os homens.

E você, concorda com o protesto?

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