Thursday, 25 de April de 2024

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Adoção de sobrenome da esposa aumenta nos cartórios

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Aumentou o número de homens que adotam o sobrenome da esposa após o casamento.

No Estado de São Paulo, em 34% dos casamentos os noivos receberam o novo sobrenome, entre 2002 e 2012. Na cidade de Sorocaba, a prática cresceu 144%  de acordo com os dados da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado de São Paulo.

Na região de Marília, o aumento foi de 302%. Uma grande prova de amor dos noivos. No cartório da cidade, são realizados cerca de 70 casamentos por mês, sendo que em 10% deles o homem opta pelo sobrenome da esposa. “A Constituição prevê direitos iguais para o homem e para a mulher. Se a mulher pode adotar o nome do homem, por que o homem não pode adotar o sobrenome da mulher?”, afirma Antônio Parra, chefe do cartório.

A prática também é explicada pelo mudança de comportamento dos homens em relação ao casamento, segundo o sociólogo José Geraldo Bertoncini. “Isso também indica que o machismo está declinando, está enfraquecendo. Significa que em um passo bastante rápido, a relação de gênero se modifique bastante no Brasil, sobretudo, por conta de em casa os papéis estarem sendo muito modificados. Os papéis de homens, papéis de mulheres, estarem cada vez mais flexíveis”, explica Bertoncini.

A mudança do Código Civil Brasileiro em 2002, determinou que qualquer um poderia adotar o sobrenome do outro. A regulamentação da suspensão do sobrenome de solteiro é feita por cada estado. Em São Paulo, é preciso manter pelo menos um sobrenome de solteiro.

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