Friday, 29 de March de 2024

Mais de trinta

Amor grudento: o que é normal varia de acordo com a paixão

amor

Ninguém quer se prender, ninguém gosta de gente grudenta, nem de ser pressionando. Até se apaixonar.

Quando apaixonado, mesmo a pessoa mais independente quer ligar, fazer gracinhas, grudar um pouquinho e fazer virar compromisso.

O problema é que nem sempre a paixão vem ao mesmo tempo para as duas pessoas. E aí,  enquanto um persegue, o outro foge. Essa é a regra da maioria dos relacionamentos.

E o perseguido de um relacionamento pode facilmente passar a ser o perseguidor, em outro. Porque as coisas do coração não podem sem controladas. Podem ser reprimidas e ignoradas,  mas não controladas.

A ironia desse jogo é que o instinto moderno faz as pessoas se afastarem quando o outro da sinais de que está apaixonado.

Assim somos forçados a jogar o jogo de não demonstrar, de fingir que nem liga, de sumir para atrair atenção. Porque ao dar vazão aos sentimentos, ser sincero, ligar, ficar bobo e declarar o interesse, via de regra veremos nosso objeto de afeição se afastar, assustado.

O amor é egoísta, quer atenção, contato físico, juras e promessas. Nada é suficiente.  Todas as cobranças parecem razoáveis, toda a pressão parece justificada.

E só depois que tudo passou, e que o amor não existe mais, é que conseguimos finalmente ver o papel de psicopata que desempenhamos aos olhos do outro, que não estava apaixonado. E juramos que nunca mais nos exporemos a tamanho ridículo.

Até a próxima paixão, onde tudo já parece normal de novo.

 

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