Monday, 18 de March de 2024

Mais de trinta

Maurício Quadrado fala sobre o dólar alto

O Banco Máxima é conhecido por suas taxas atraentes em retorno de investimento, principalmente o LCI. Recentemente um novo sócio entrou para o time do Máxima. Conversei com ele, Maurício Quadrado, sobre o momento atual da economia brasileira e a flutuação do dólar e tipos de investimentos seguros para o pequeno investidor. Além de sócio do Máxima, Maurício Quadrado também tem passagem pela Corretora Planner. De investimentos ele entende. A alta do dólar preocupa, e foi sobre isso que comecei a conversa com ele.

Maurício Quadrado – Administrador de empresas

A cotação do dólar sempre mexeu com a vida dos brasileiros, já que nossa economia depende de exportações e é lastreada pelo comércio de commodities. A mudança de R$ 0,50 no preço do dólar pode quebrar muita empresa. Quem tem mais de trinta, como eu, com certeza lembra do Jornal Nacional e o valor do dólar na volta do intervalo comercial. Devido à hiperinflação da década de 80 e primeira metade dos anos 90, a economia brasileira era extremamente dolarizada, e a desvalorização do real tinha reação em cadeia.

Um dos grandes feitos do real foi a paridade cambial. Um real custava um dólar. Essa paridade foi necessária para controlar a inflação brasileira, e foi durante esse período que muitos brasileiros puderam viajar para a Disney. Eu não fui um desses, infelizmente. Essa paridade criou a noção de que o dólar baixo deixava nossa economia forte, e um dólar forte era resultado de uma economia fraca. É verdade, mas é preciso olhar o outro lado da moeda.

Como me lembrou Mauricio Quadrado, o dólar mais caro é extremamente benéfico para empresas exportadoras. Um quilo de carne será um quilo de carne em todo lugar do mundo, mas o custo de um quilo de carne será diferente dependendo de onde for feita a compra. Um dólar compra 6 reais, aproximadamente. Ele também compra 0.80 euros. Um quilo de carne custa R$ 20 reais no Brasil e aproximadamente 13 euros em Portugal. Logo, comprar um quilo de carne no Brasil custará cerca de 3 dólares a um importador americano, ou 16 euros se a compra for feita de um exportador em Lisboa. Ou seja, o dólar valorizado gera empregos no interior no Brasil.

O dólar alto normalmente é resultado de uma economia fraca, e que penaliza muitos brasileiros, principalmente na elevação do custo de muitos insumos e produtos. Isso não significa, entretando, que o dólar alto não possa ser benéfico para setores ou empreendedores que saibam fazer bom proveito do real desvalorizado. Maurício Quadrado, entretanto, alertou: “O governo deve saber observar isso e, em determinado momento, trabalhar para reduzir o preço do dólar, que pode ser feito através da elevação do juros”.

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