Em alguns filmes, o personagem principal deixa seu carro, bate a porta e sai caminhando, sem destino… Em nenhum dos que vi até hoje, mesmo o espetacular Um dia de fúria, com Michael Douglas, fiquei pensando tanto quanto depois que subiram os créditos de O homem mais procurado. Além de ser um dos últimos filmes de Phillip Seymour Hoffman, a cena em questão é parte de uma história forte, envolvente e com mais uma interpretação soberba de um artista que foi embora cedo demais.

Espionagem, inteligência, trama bem feita e um final de dar nó no estômago, completam mais um filme que vou indicar para os amigos e família. Mesmo tendo permanecido com aquela sensação de que todos na vida tem uma hora em que desejam sair do carro e caminhar sem rumo.

Uma cena é capaz de dizer muito, concorda? E de fato fiquei com ela na memória. Peguei pra mim. Não que eu esteja pensando em fazer o mesmo. É preciso algo muito doloroso ou extraordinário, como acontece com o personagem, para que alguém saia sem rumo. Mas que tem hora que dá vontade, ah, isso tem.  E o cinema meio que paga essa conta pra gente.

Ao invés de ousar comentar um filme como se fora um expert, preferi pensar no ator, de quem sempre fui fã, sua morte, ainda inexplicável, e em como ele está vivo para os fãs. Especialmente com sua interpretação de Truman Capote, que lhe rendeu um merecido Oscar. E aqui ficam duas dicas: assistir ao filme Capote e procurar os livros desse autor. Leitura obrigatória para quem deseja aprender a contar histórias.

O que, aliás, é algo que ando procurando, treinando, tentando há um bom tempo…sem fúria, só vendo e aprendendo com os Mestres.

Comentários

Comentários