10 de novembro de 2014 Enviado por Luciana Mazzilli luciana-mazzilli amor brigas destino feliz final grosserias paixão passado relacionamento sorriso
Ao meu amor mais bonito…
Eu te amei.
Alguns dizem que foi só paixão. Eu afirmo que foi amor.
Foi amor, hoje é um doce meio amargo. Lembrança.
Apesar dos pesares e de Belchior dizer que “O passado é uma roupa que não nos serve mais”, às vezes, prefiro ficar com a frase que diz “ Relembrar do passado é reviver momentos “.
Não é porque uma história não teve final feliz, que a gente precisa jogar o passado todo no lixo, certo?
Nunca achamos que vamos perder quem amamos, mas perdemos por uma série de razões. Destino, sorte e atitudes. Também a vida nos coloca a frente de invariáveis situações e nos aproxima de quem nunca imaginávamos conhecer e nos afasta de quem nunca imaginávamos viver sem…
Perguntaram-me outro dia qual era o segredo do amor. Desculpem, mas não sei.
Se pudesse ao menos arriscar uma resposta, diria que são: flexibilidade e muito carinho.
São os detalhes que fazem o amor sucumbir. Não dá para achar que por amor as pessoas suportam tudo. Grosseria, brigas e falta de cuidado.
A gente espera meio que se enganando, que o pedido de desculpas apague grosserias. Uma, duas, três vezes a gente aceita, depois tolera, depois…
Só fica por muito tempo quem é bem tratado. Quem no calor do abraço sente-se seguro. Quem fica confiante que é amado. Reciprocidade. Quando um dedica-se e faz parte do mundo do outro. Pode não ser por mal, mas acontece. E assim, um dia o pedido de desculpas perde a credibilidade.
E na falta de olhar para dentro de si, afirma que não foi quem errou. Só que quando uma relação da certo ou errado, ninguém leva a culpa ou o mérito sozinho.
Somos dotados de todos os sentimentos possíveis. Cometemos juras que não são fiéis aos caminhos da vida e tropeçamos apenas pela falta de coragem. Na vontade de sairmos ilesos, acabamos todos com graves feridas.
O amor exige elo e respeito, do contrário tem data e hora para acabar.
Não dá para amarmos fora do tempo, quando o outro demora a perceber que está dentro da relação. Não dá para esperar o outro corresponder e aceitar o amor. Enquanto isso o amor pode ir se dissolvendo…
A relação em terra sem adubo, nem sempre vigora.
Porém tratando as relações como partidas e jogos, sabemos que a felicidade do ganhador está garantida apenas com a queda do outro. Sendo assim, não é amor. É apego. Não é uma partida do qual alguém precisa sair vencedor. Ou saem os dois, ou os dois perdem.
Já tive um amor desses, achei que nunca acabaria, mas acabou. No fim procuram-se culpados, mas entre mortos e feridos – salvaram-se todos.
Ele deve continuar a vida dele achando que tudo foi em vão. E eu, fico com a missão de entender por nós dois. Será que o tivemos foi tão descartável assim? Será que tentamos até a exaustão? Foi amor, essa é a certeza. Certeza boa que conforta o coração a quem dizer o contrário.
Dentro de nossos corações sabemos a importância do que existiu, conservamos então o mínimo, fora dos olhos maldosos dos outros. O que foi nosso, apenas nos pertence.
Não compre ruins conselhos. Porque não existe receita – a falta de cuidado com o amor resulta sempre em partida.
Fora as acusações verbais de quem acusa o outro do que, existem mil formas de um amor acabar.
Costumo dizer que não rasgo fotos, não limpo as gavetas e que faço questão de guardar na memória o amor vivido. Cada pedaço desse amor resultou no que sou hoje. Não apago fatos. Guardo tudo em uma caixa com carrinho. Junto com meus erros, peço desculpa, envergonho-me se preciso for – e sigo meu caminho, pés firmes ao chão, chorando, remoendo, rindo, revigorando, renascendo… Vivendo… Amando…
Recomeço. Perdôo-me. Perdôo-te.
Quando acaba, vai cada um para seu lado, reconstruir suas dores. Modificar o coração, repor as armaduras. É assim, a gente fica tempo digerindo o que passou, às vezes, achando que podíamos ter feito diferente e nos punindo pelo que não fizemos.
A gente vive sentindo saudades da vida que tinha, mas enxuga as lágrimas e bola para frente. Há de existir um novo coração para gente se abrigar.
Descobri amando as dores que há ensinamentos maiores que a felicidade. Descobri precisando esquecer, que ficam guardadas na memória, cartas, fotos, sorrisos e conversas que deixam a sensação de algo sempre inacabado. Os fins têm sabor de tristeza e alivio.
As sensações dos amores maus resolvidos são assim. Estivemos presentes na relação, corpo e alma, mas derramamos algumas coisas pelo caminho. Ninguém vai se sentir amado suficiente sempre e ninguém vê com clareza o fim.
A gente gosta sempre mais do começo. Escrevo para que as pessoas não se sintam só em seus sentimentos e pensamentos. Escrevo para dizer que revigorada a energia, começamos tudo de novo.
Vai sempre existir o seu “melhor amor da vida’’, aquilo que chamo de encontro de almas. Nem sempre dará certo, mas ficara guardado e cravado essa história de amor em seu coração. Guarde o bom do amor…
Jamais deixarei de dizer o quanto foi especial em minha vida e no meu caminho.
Parece triste né? E é. Porém a vida nos ensina amargamente algumas coisas e quando tomamos a consciência que nem tudo está em nossas mãos, começamos a dar pequenos empurrõezinhos, paramos de nos colocar como vitimas. A tomada de consciência é uma passagem linda da vida, superável.
Não deu, não foi dessa vez, mas eu amei. Foi um dos sentimentos mais lindos e puros que tive o prazer de conhecer e viver.
Doeu, fui feliz e o final triste. Pensando no futuro, passado e presente. Fui, sou e serei feliz. Assim como cada um de vocês. Uma linda história a ser contada algum dia, mas por enquanto ainda estou costurando feridas.
Espero que você saia ileso. Que seja um final pouco doloroso e que mesmo fazendo um esforço para esquecer, guarde em seu peito todas as coisas boas que viveu. Somos a mistura de todas nossas passagens, não renegue quem amou. Não desfaça do sentimento que lhe doaram.
Mande energias e vibrações, mesmo se estiver com raiva.
Eu desejo que você seja verdadeiramente feliz.
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