13 de maio de 2014 Enviado por Miúcha Carvalho colunistas miucha-carvalho amar amor amoroso casal casamento homem mulher namoro relação relacionamento
Toda forma de amor vale a pena
Desde que nascemos começam a nos ensinar, nos adestrar como a vida deve ser, como o amor deve ser, como se houvesse um único modo de viver correto. Para as mulheres é bem pior, pois desde pequenas somos ensinadas que devemos querer nos casar, ter filhos, nos valorizar. Claro que existem exceções e felizmente elas tem se tornado um pouco mais comuns (embora em passos de tartaruga ainda), mas o fato é que a maioria aprende isso desde pequeno.
Mas a vida não é assim, não é cartesiana. O ser humano não é cartesiano, algo exato pois se assim fosse, a matéria onde se estudaria o comportamento humano seria a matemática. A “vida perfeita e feliz” ensinada quando somos crianças é: a menina cresce, se torna mulher, casa com um homem, é mãe e vive em função de sua família. O menino cresce, se casa com uma mulher e se torna o provedor da família. Qualquer outro modelo é visto com estranheza e tratado como algo “não natural” ainda nos dias de hoje.
A família monoparental é vista como incompleta, mas o mesmo não ocorre quando os pais vivem sobre o mesmo teto, ainda que um dos pais não participe ou colabore na criação dos filhos. Uma família homoafetiva é vista como algo estranho e que poderia “estimular” os filhos criados por ela a serem homossexuais. Mas as pessoas se esquecem que gays são filhos de pais héteros e também ignoram a imensa quantidade de menores abandonados e sem uma família.
Relacionamentos abertos são vistos como imoral, mas a traição é vista com bem menos estranheza (principalmente no caso do homem). E assim a hipocrisia segue dominando as relações e as pessoas.
Viveríamos em uma sociedade infinitamente mais fraterna e melhor se as pessoas deixassem de ser hipócritas e vivessem de acordo com sua crença. Vivemos em um país de maioria cristã que supostamente teriam em Jesus Cristo seu messias, mas que pouco seguem seus ensinamentos.
Amar ao próximo se tornou uma fórmula pré fabricada que vale desde que o outro se enquadre exatamente naquele modelo ultrapassado e que jamais correspondeu à realidade humana. Como se apenas uma forma de amor fosse correta e as demais fossem desqualificadas, como se valessem menos, fossem menos importantes.
Amor é sempre amor, assuma ele qualquer uma das formas possíveis (e são muitas!!!!). Nenhuma é mais ou menos válida, desde que sejam verdadeiras. Todos tem o direito de encontrar a felicidade da forma que escolherem, que se sentirem bem desde que isso não prejudique o próximo. O modelo de felicidade do vizinho é diferente do seu? Simples! Não o adote para sua vida, siga seu modelo mas nada dá o direito de julgar que o seu modelo é o certo, o perfeito.
O certo, o perfeito é ser feliz, seja como for.
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