Você já observou como a sociedade, nos dias de hoje, está repleta de reclamões amargurados? É incrível, não importa o que acontece na política, no futebol, no filme, no mundo… nós estamos sempre reclamando. Sim, na primeira pessoa do plural. Não eu, não você, não o outro, nós!

Pode ser o calor, a chuva ou o frio, levantar cedo para trabalhar ou o desemprego, o fluxo intenso no trânsito ou a cidade pacata demais, as chatices da companheira ou a solidão por não ter alguém, o filho que não estuda ou que estuda demais e vai virar um nerd sem amigos…

Seu filho, amigo ou seus pais terão problemas com “os outros” que são preconceituosos. E os outros, ah… os outros são motivos para apontarmos e reclamarmos, seja pelo seu time, sua sexualidade, por acreditar em signos ou em outro Deus, por defender os animais como se fossem humanos, por ter depressão após um amor perdido, por ter gostos estranhos, por ser pobre ou riquinho, por ter tatuagens, por fazer terapia ou mesmo por falar palavrões demais.

O mesmo acontece quando reclamamos do governo corrupto, mas estacionamos em vagas de deficientes e falsificamos carteirinhas de estudante para pagar meia entrada no cinema. Ou quando atacamos a imundície da cidade, mas também tacamos embalagens e bitucas de cigarros pela janela do carro.

E assim posso citar quantos exemplos de negatividades forem necessários, mas minha intenção não é essa. Minha intenção é que paremos um minuto, para uma reflexão íntima, lúcida e sincera sobre nossos comentários, olhares e apontamentos. É isso que queremos para nossas vidas? Vamos viver com mais amor?

Não podemos reclamar por não termos um mundo ideal, cheio de amor e pessoas sorridentes se não fizermos o mínimo para conquistá-lo, se não acordarmos dispostos a fazer alguém sorrir nas próximas horas, nem que seja apenas a nós mesmos.

Poderíamos fazer um pacto, cada um consigo mesmo, #eunãovoureclamar será que dará certo? Vamos tentar?! Podemos não mudar o mundo com isso, mas cada um pode mudar o seu mundo e assim, juntando nossos mundos, construiremos uma realidade melhor e mais prazerosa para NÓS vivermos.

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