Tuesday, 23 de April de 2024

Mais de trinta

Aflições? Medos? Até quando?

Até quando vamos aguentar?

Até quando vamos aguentar?

E o mundo gira, gira, gira… mas agora com muita gente de arma na mão – em alguma esquina das viradas do mundo eles as encontram e se encontram… Como já é notável, a sociedade vive em pânico. Medo de ser assaltado, medo da crise mundial, medo do pit bull do vizinho, da professora da escola, do colega de trabalho mal encarado, medo da chuva, dos raios Ultra Violeta, da queda de cabelo, de casar, de ficar para titia, do filho não ser seu, medo do homem bomba que pode estar fantasiado de Papai Noel ou de mascote feliz de alguma franquia…


O homem moderno tem medo de sair de casa e, às vezes, medo de estar dentro de casa.

A que ponto chegamos! Culpam as autoridades, as religiões e a família! Mas de quem é a culpa, pelo mundo estar em um nível crítico de falta de amor e respeito? Sim, falta de amor: pelo próximo, pela vida, pela natureza e por si mesmo; falta de respeito: pelo seu semelhante, pela família, pela condição financeira de outras pessoas, respeito pelos mais velhos, mais sábios e, principalmente, o respeito próprio.

E surge uma entidade milagrosa para que nos sintamos mais tranquilos dentro de tanta insegurança, as seguradoras, elas sim amam nossa falta de segurança! Seguro do carro, de moto, do dente, da bunda, de vida, do cachorro premiado, da casa, da empresa… Vemo-nos rodeados de contas a pagar para conseguir acumular poucos bens, e de contas que precisamos adquirir para que no futuro não tenhamos o azar de ficar sem os bens que com suor conquistamos. Ah, deve ter até seguro da sua conta corrente, para que o banco não leve (mais) todo seu dinheiro…

O brasileiro já não sabe o que fazer para viver com tranquilidade e dignidade. Pagamos tantos impostos. Todos os serviços públicos são caóticos. Então, temos uma vida “extra- ordinária”: precisamos pagar pela segurança extra, saúde extra, educação particular, transporte… E que Deus nos acuda!

Só Deus mesmo para nos proteger! E acho que é por isso que tantas pessoas hoje procuram as religiões, para adquirirem mais fé! Fé de que tudo um dia dará certo, fé de que tem a proteção devida para si e os seus, fé de que o dia de amanhã será melhor, porque Deus assim o quer. As nossas crianças já crescem tão inseguras, dá pena de ver! Como irão encarar o mundo com tantos medos, fobias e restrições no convívio social? Como estarão as relações quando forem adultas? Elas já relatam situações de violência urbana nas suas próprias vidas e/ou na vida dos parentes e amigos.

Lembro-me de quando era criança, que na oração antes de deitar para dormir se pedia saúde e paz para toda a família, e hoje orando com minha filha escuto: “papai do céu, proteja a mamãe, toda a minha família, meus amigos, todo mundo que eu gosrto para que nada de mau aconteça a eles, e nem a mim também, Amém!”.

Será que estamos nos tornando terra de ninguém, onde é praticado o “eu quero, eu tenho”? O“ladrão” quer nosso carro, vem e rouba. Quer nossa bolsa, vem e rouba. Não dá valor a nada, nem a ninguém e ainda vem e tira nossa vida deixando um caos na vida de tantos outros…

Só pedindo: “São Jorge, por favor, me empreste o dragão”, porque a espada não dá mais vencimento não!

E fogo na cara do ladrão!

Agora, você me dá licença, que eu vou à capela acender umas velas!

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