Depois de quase 30 anos temos a chance de rever ROBOCOP. Apesar de o roteiro não ter mudado muito, os atores e diretor são a grande diferença do remake. A nova direção é do premiado diretor brasileiro José Padilha, isso mesmo, José Padilha (brasileiro, nascido no Rio de Janeiro em 1º de agosto de 1967) cineasta, roteirista, documentarista e produtor cinematográfico. Graduado em Administração de Empresas pela PUC, estudou Economia Política, Literatura Inglesa e Política Internacional em Oxford, Inglaterra. Padilha foi o vencedor do Urso de Ouro (2008) em Berlim por TROPA DE ELITE.

Para os amantes de originais, a refilmagem nunca está à altura do original. Mas vale a pena ver o remake, mesmo que seja para prestigiar o ótimo trabalho de um legítimo “vira-lata”. Talvez já tenha passado a hora, de nós, brasileiros deixarmos de lado essa nossa mania de achar que só o que vem de fora é bom, nada produzido ou idealizado por um tupiniquim se compara com os hollywoodianos, será mesmo? Já tivemos provas concretas de que este nosso preconceito é falso, muitos filmes são produzidos aqui, sem contar as músicas, os artistas e cantores que fazem sucesso pelo mundo afora e que nem são conhecidos em seu próprio país. Mas isso é outro assunto.

As novidades são Joel Kinnaman (Charles Joel Nordström, nascido em Estocolmo em 25 de Novembro de 1979), Kinnaman é o mais novo “Queridinho da América”, mesmo sendo um ator sueco. Ele é conhecido pelo papel principal no filme EASY MONEY, que lhe rendeu um prêmio de melhor ator no festival Guldbagge, e por seu papel como Frank Wagner na série de filmes do diretor Johan Falk. Mas foi na série THE KILLING que Joel arrebatou todos os olhares de seus fãs, no papel do detetive Stephen Holder.

Agora vamos ao que realmente interessa!

A celebrada aventura do diretor Paul Verhoeven (1987) tem como cenário a cidade de Detroit, a mais populosa do estado norte-americano do Michigan e como toda grande cidade, está abalada pelo total descontrole do crime. A OmniCorp está faturando uma grana alta com seus drones e robôs, comandando a segurança em países ocupados pelos EUA. A ambição da empresa é usar estes robôs dentro dos EUA, mas as leis americanas não deixam que tal fato ocorra e os senadores estão preocupados com a falta de limites e de sentimentos das máquinas. No entanto, o empresário Raymond Sellars (Michael Keaton) tem a chance de transformar Alex Murphy (Joel Kinnaman), policial exemplar, bom marido e pai amoroso que foi mortalmente ferido em uma explosão, na cobaia perfeita para ser o primeiro ciborgue da OmniCorp. Sellars convence o médico Dennett Norton (Gary Oldman) de que esta é a maneira de combater o crime utilizando máquinas que tenham a consciência humana. Alex Murphy agora é o RoboCop, policial cibernético que conquista facilmente a população de Detroit por sua capacidade de acumular fichas policiais e mandados de prisão em sua memória eletrônica, localizando e prendendo criminosos com muito mais agilidade que qualquer ser humano, em sua possante motocicleta. E o melhor, ele é uma máquina!

Foi assim que o novo RoboCop reestreiou no último 21/02/2014, muitos efeitos especiais e sob o olhar do nosso querido José Padilha, sua estreia também nos estúdios hollywoodianos. Espero que ter aceitado trabalhar nos Estados Unidos não faça com que os brasileiros o rotulem, como acontece com outros profissionais que vão para o exterior tentar novas opções.

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