31 de março de 2014 Enviado por Redação comportamento-estilo estilo direitos estupro facebook ipea liberdade mulher pesquisa
Protesto “Eu não mereço ser estuprada” agita as redes sociais
Se você utiliza internet e principalmente as redes sociais, provavelmente se deparou com a hastag #EunãomereçoserEstuprada em algum lugar entre seus amigos e seguidores. Para quem ainda não esta a par do protesto, ele começou um dia após a publicação de uma pesquisa feita pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) que trouxe dados alarmantes sobre a maneira de pensar dos brasileiros e brasileiras.
Publicada na última quinta-feira, 27 de março, a pesquisa causou espanto pelos resultados apresentados. De acordo com o Ipea, 58,5% dos entrevistados concordam totalmente ou parcialmente com a frase – “Se as mulheres soubessem como se comportar, haveriam menos estupros”.
Outro número absurdo que chamou a atenção é que 65,1% dos entrevistados concordam inteiramente ou parcialmente com a frase – “Mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas”.
Logo após a publicação da pesquisa, mulheres de todo o Brasil começaram a se manifestar contra o comportamento do brasileiro. Para demonstrar revolta e buscar sua liberdade de expressão e principalmente o direito de vestir a roupa que quiser, surgiu o movimento #EunãomereçoserEstuprada que só no Facebook contou com a participação de mais de 20 mil pessoas.
Para expressar sua revolta, milhares de mulheres tiraram fotos sem a parte de cima da roupa, cobriram os seios com frases de protesto e a hashtag do protesto em um papel cobrindo os seios. Uma das organizadores do evento, a jornalista Nana Queiroz também recebeu fotos de mulheres que optaram por outro tipo de protesto, algumas de burca, outras com roupas de futebol e até mesmo amamentando seus filhos. Alguns homens, também revoltados com os resultados da pesquisa que refletem a maneira de pensar de alguns brasileiros também aderiram ao movimento.
O protesto, que começou na noite de sexta-feira, continua e vêm ganhando força, afinal, a luta de homens e mulheres por liberdade e principalmente os protestos contra esse modelo retrógrado do pensamento de milhões de brasileiros precisa ser combatido.
Até porque, esse tipo de opinião reflete o tipo de pensamento e criação de homens e mulheres brasileiros, grande parte com pouco ou nenhum acesso a educação e criados em ambientes machistas onde as mulheres não possuem os mesmos direitos que os homens.
E você, concorda com o protesto?
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