Mesmo para as mulheres, parece um pouco exagerado falar que a vida é tão mais difícil para quem nasceu do sexo feminino. À primeira vista, as oportunidades são as mesmas, e os direitos também.

Porém, uma série recente de vídeos que buscam expôr as pequenas (e grandes) violências que a mulher vive diariamente fez muitos homens repensarem a maneira como tratam as mulheres da sua vida.

Porque para muitos homens, não basta explicar. Tem que desenhar mesmo. E forçar a empatia (que é a capacidade de se colocar no lugar do outro) fazendo um vídeo bobo onde um homem é assediado por mulheres. Aí fica fácil ver que as mulheres não estão sendo dramáticas nem feministas quando ficam ofendidas com as abordagens masculinas. O cidadão começa a entender que realmente não é fácil. E que, o que, na cabeça dele, era apenas um elogio gentil para uma moça bonita passando na rua, seria extremamente constrangedor se ele estivesse no papel do elogiado.

As mulheres aprendem a ser fortes e resilientes, resistentes à dor e às humilhações, desde o começo da adolescência, quando começam a lidar com menstruação, cólicas, e com um corpo recém desenvolvido, que desperta a libido de homens adultos antes da sua própria libido estar formada.

Entre os vídeos que mostram como as mulheres se sentem invadidas diariamente por atitudes masculinas, existe os da ótima série bem humorada “The Filp Side”, como o episódio que mostra abordagens em um bar. As situações, normalmente corriqueiras, ganham ar de absurdo quando os papéis de homens e mulheres são invertidos:

Em outro vídeo da série, o constrangimento de frequentar uma academia é abordado. O vídeo abaixo não possui legenda em português, mas só pelas imagens já dá para entender as situações. Homens que fingem que ajudam a corrigir o movimento do exercício para tirar uma “casquinha” e aqueles que gostam de ficar olhando descaradamente as moças malharem são alvo da ironia ácida do grupo “The Flip Side”:

O curta francês “Maioria Oprimida” começa engraçado, mostrando um gordinho sendo assediado por onde passa. Mas ao longo do filme o assédio vira coisa séria e mostra como as mulheres estão completamente sozinhas ao sofrerem abuso sexual. Muitas vezes nem o companheiro se dispõe a dar o apoio moral nessa hora.

Algumas estudantes universitárias tiveram uma idéia interessante para um trabalho da faculdade. O tema era “estudos de gênero” e elas montaram um vídeo mostrando como a publicidade influencia na nossa visão do que é ser homem ou mulher, e como algumas propagandas ficam ridículas se trocarmos o gênero dos modelos. Hoje em dia temos um órgão regulamentador de anúncios comerciais que barra anúncios sexistas, mas você vai se surpreender com algumas das propagandas antigas mostradas no vídeo:

O que você achou dos vídeos? As situações relatadas representam como é ser mulher? Comente!

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